Desta vez, em mais um post da minha série sobre Leucemia, vou responder uma pergunta frequente que escuto nos consultórios: O que aumenta o risco da Leucemia?
As causas ainda não estão definidas*, mas, suspeita-se da associação entre determinados fatores com o risco aumentado de desenvolver alguns tipos específicos da doença:
Tabagismo: leucemia mieloide aguda.
Benzeno (encontrado na gasolina e largamente usado na indústria química): leucemia mieloide aguda e crônica, leucemia linfoide aguda.
Radiação ionizante (raios X e gama) proveniente de procedimentos médicos (radioterapia). O grau de risco depende da idade, da dose de radiação e da exposição: leucemia mieloide aguda e crônica e leucemia linfoide aguda;
Quimioterapia (algumas classes de medicamentos usados no tratamento do câncer e doenças auto-imunes): leucemia mieloide aguda e leucemia linfoide aguda;
Formaldeído: exposição ocupacional em indústrias (química, têxtil, entre outras), área biomédica/saúde (hospitais e laboratórios: antisséptico, desinfetante, fixador histológico e solvente), além do uso não autorizado pela Anvisa desta substância em alguns salões de beleza (procedimento de alisamento capilar);
Produção de borracha: leucemias;
Síndrome de Down e outras doenças hereditárias: leucemia mieloide aguda;
Síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas: leucemia mieloide aguda;
História familiar: Leucemia mieloide aguda e leucemia linfoide crônica;
Idade: quanto maior a idade maior o risco de desenvolver leucemia. Exceto a leucemia linfoide aguda, que é mais comum em crianças. Todas as outras formas são mais comuns em idosos;
Exposição a agrotóxicos, solventes, diesel, poeiras, infecção por vírus de hepatite B e C: leucemias.